Você que tem um processo em andamento no INSS ou em grau recursal no CRPS pode requerer agilidade da conclusão da análise ou do cumprimento de uma decisão administrativa.
Pois, sabemos que conquistar uma decisão favorável no INSS ou no CRPS é um grande passo para quem busca o reconhecimento de seus direitos previdenciários.
Mas, após um processo demorado, muitos segurados se deparam com um novo desafio: fazer com que o INSS cumpra efetivamente o que foi determinado.
Neste artigo, você vai entender quais são os seus direitos, quais medidas podem ser tomadas em caso de demora ou inércia do INSS, e como agir para garantir que a decisão administrativa seja realmente cumprida.
Quero saber mais sobre meus direitos
Como funciona o pedido de benefício no INSS?
Entendemos que antes de ser protocolado o pedido de benefício previdenciário ou assistencial no INSS é importante que um advogado especialista em direito previdenciário analise seu direito e possíveis formas de aumentar o valor do benefício.
Após realizado essa análise, caso o segurado ou dependente tenha direito, será protocolado o pedido com os documentos comprobatórios e será dado início ao processo administrativo no INSS.
Após a análise do pedido, o INSS pode conceder, indeferir totalmente ou conceder parcialmente o benefício solicitado.
Em situações como o não reconhecimento do tempo especial, tempo rural ou até mesmo o indeferimento do benefício, o segurado pode interpor um recurso administrativo em até 30 dias da decisão ou pedir uma revisão administrativa para que seja avaliado novamente pelo INSS.
O advogado que está cuidado do caso avaliará se é caso de interpor um recurso administrativo ou pedir uma revisão administrativa da decisão do INSS.
E, caso seja interposto o recurso ordinário, o INSS pode reconhecer eventual erro e reformar sua decisão, ou manter o indeferimento, encaminhando o processo para julgamento pelo Junta de Recursos do Conselho de Recursos da Previdência Social.
A decisão administrativa final será comunicada ao segurado, e, caso seja favorável, o INSS deve cumprir o que foi determinado, implantando o benefício ou ajustando o valor concedido.
Prazos legais para cumprimento das decisões administrativas
Após o reconhecimento do direito do segurado em instância recursal administrativa, o INSS está obrigado a cumprir a decisão e implantar uma aposentadoria especial, pensão por morte ou outro benefício previdenciário ou assistencial no prazo estabelecido pela legislação.
A Instrução Normativa 128/2022 e a Portaria DIRBEN/INSS nº 996/2022 dispõe que o prazo para o cumprimento das decisões do Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS) pelo INSS é de 30 dias, contados a partir do recebimento do processo pelo órgão.
Esses prazos são improrrogáveis e devem ser observados de forma contínua, iniciando-se e encerrando-se em dias úteis.
Caso o INSS precise cumprir diligências determinadas pelo CRPS, o prazo também é de 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30 dias em situações justificadas, pois nesse caso, o segurado deve apresentar documentos ou será produzidos provas como pericia, diligência entre outros.
Apesar da existência desses prazos, atrasos ainda são frequentes, e o advogado especialista agirá rapidamente caso o INSS não cumpra a decisão dentro do período legal.
O conhecimento desses prazos é fundamental para garantir a efetivação do direito reconhecido administrativamente e evitar prejuízos financeiros ao beneficiário.
O que fazer quando o INSS não cumpre a decisão do CRPS?
Mesmo após uma decisão administrativa favorável em recurso, é comum que o INSS ultrapasse o prazo legal para implantar o benefício ou realizar os ajustes determinados.
Nesses casos, o segurado não está desamparado: existem medidas que podem ser adotadas pelo advogado que está cuidando do caso para garantir o cumprimento da decisão e a efetivação do direito reconhecido.
O primeiro passo é conferir se o prazo de 30 dias para cumprimento da decisão já foi ultrapassado. Se o prazo expirou e a decisão não foi cumprida, será registrado uma reclamação na Ouvidoria do INSS.
Caso não surta efeito a medida administrativa, será possível impetrar um mandado de segurança para que seja protegido o direito líquido e certo do segurado ou pensionista, especialmente quando há omissão ou demora injustificada da administração pública.
Em regra, nos processos judiciais, o advogado requer a concessão da liminar e o juiz pode conceder liminar para obrigar o órgão público a concluir o ato administrativo de concessão, análise ou outro ato administrativo.
Quando é cabível o Mandado de Segurança?
O mandado de segurança é um instrumento jurídico fundamental para proteger o segurado diante de omissões ou atrasos injustificados do INSS.
Situações em que o mandado de segurança é cabível:
- Demora excessiva na análise de benefícios: Se o INSS não cumprir os prazos legais para análise de pedidos — que variam de 30 a 90 dias, conforme o tipo de benefício — o segurado pode recorrer ao mandado de segurança para obrigar o órgão a concluir a análise e emitir uma decisão, seja ela positiva ou negativa.
- Recursos administrativos: Quando o recurso administrativo não é julgado dentro do prazo pelo Conselho de Recursos, o mandado de segurança pode ser utilizado para exigir o julgamento e o retorno do processo ao INSS.
- Perícias médicas: Se o segurado aguarda perícia médica essencial para a concessão do benefício, o mandado de segurança pode obrigar o órgão a cumprir essa etapa.
- Descumprimento de decisões administrativas: Caso o INSS não cumpra uma decisão administrativa, o mandado de segurança também pode ser utilizado para forçar o cumprimento imediato da obrigação.
O mandado de segurança não discute o mérito do benefício, mas busca garantir que o INSS cumpra sua obrigação de analisar o pedido, recurso ou implantar o benefício dentro do prazo legal.
O papel do Advogado especialista em Direito Previdenciário
O advogado especialista em Direito Previdenciário exerce uma função essencial para quem busca a concessão do melhor benefício previdenciário ou assistencial, seja na fase administrativa ou judicial.
Diante da complexidade das normas previdenciárias, das constantes alterações legislativas e dos procedimentos burocráticos, contar com a orientação de um profissional qualificado pode ser determinante para o sucesso do pedido ou recurso.
O advogado previdenciário orienta o segurado sobre seus direitos e deveres, esclarecendo quais benefícios podem ser requeridos e quais são os requisitos legais para cada caso.
Ele avalia a documentação, identifica falhas ou pendências e sugere estratégias para maximizar as chances de êxito, inclusive indicando a modalidade de benefício mais vantajosa.
Acompanhamento do processo administrativo
Desde o protocolo inicial, o advogado acompanha todas as etapas do processo, garantindo que prazos sejam respeitados e que não haja omissões ou erros por parte do INSS.
Atuação no INSS, no CRPS ou no Poder Judiciário
Quando há negativa ou concessão parcial do benefício, o advogado elabora petições, recursos administrativos fundamentados e outros documentos jurídicos, apresentando argumentos jurídicos sólidos e provas complementares.
O advogado representa o segurado em todas as instâncias, seja perante o INSS, no Conselho de Recursos da Previdência Social ou no Poder Judiciário.
Sua atuação técnica garante segurança jurídica, agilidade no andamento dos processos e maior probabilidade de sucesso, especialmente em casos complexos ou de indeferimento injusto.
Em resumo, o advogado especialista em Direito Previdenciário é o aliado do segurado para buscar a concessão ou a revisão do benefício previdenciário.
Dúvidas sobre seus Direitos?
Conquistar uma decisão favorável em recurso administrativo ou judicial contra o INSS é um passo fundamental, mas não encerra a jornada do segurado.
O cumprimento efetivo da decisão depende do respeito aos prazos legais e da atuação ativa do advogado para garantir que o direito seja realmente implementado.
Se o benefício não for implantado no prazo, é fundamental registrar reclamação na Ouvidoria do INSS e, se necessário, impetrar um mandado de segurança.
Lembre-se também de conferir se o benefício foi concedido nos moldes solicitados e, caso haja divergências ou valores incorretos, deve ser solicitado a revisão administrativa.
Portanto, o caminho para a efetivação do seu direito exige acompanhamento constante, conhecimento dos prazos e, quando necessário, ação rápida para exigir o cumprimento da decisão.
Descubra como garantir seus direitos previdenciários com a ajuda de um advogado especializado em aposentadoria e pensão por morte. Além disso, saiba como solicitar abono de permanência e aposentadoria especial em órgãos previdenciários como SPPREV e IPPREM.
Através da assessoria jurídica, também é possível requerer benefícios como a aposentadoria do servidor público e a desoneração da folha de pagamento.
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Ian Varella
É o sócio fundador do escritório Varella Advocacia, especialista na matéria previdenciária e inscrito na OAB-SP com o número 374.459.
Com vasta experiência na área, ele possui especializações em Direito Previdenciário, Direito do Trabalho, Advocacia Empresarial Previdenciária e Previdência Privada e em Gestão jurídica.
Modelo de Mandado de Segurança – Demora do INSS | Jusbrasil
https://www.jusbrasil.com.br/modelos-pecas/modelo-de-mandado-de-seguranca-demora-do-inss/808499008
Acesso em: 03/06/2025Recursos INSS: tipos, prazos, como entrar e acompanhar | meutudo
https://meutudo.com.br/blog/recurso-inss/
Acesso em: 03/06/2025Instrução Normativa (IN) 128/2022 do INSS – Imprensa Nacional
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/instrucao-normativa-pres/inss-n-128-de-28-de-marco-de-2022-389275446
Acesso em: 03/06/2025PORTARIA DIRBEN/INSS Nº 996, DE 28 DE MARÇO DE 2022 | Normas Legais
https://www.normaslegais.com.br/legislacao/portaria-dirben-inss-996-2022.htm
Acesso em: 03/06/2025